Conduzido pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPA, este é um dos projetos da instituição aprovados pela CAPES para participar do PDPG Amazônia Legal.
O Observatório da Gestão Costeira do Estado do Pará é um dos projetos da Universidade Federal do Pará (UFPA), aprovados no Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) na Amazônia Legal. O trabalho será desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPA (PPGEO) e produzirá informações e análises geográficas para ações públicas de base sustentável.
Maria Iracilda Sampaio, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade, conta que a zona costeira amazônica vem sofrendo grande impacto decorrente de mudanças climáticas. Estes efeitos são percebidos, entre outros, pelo aumento gradativo do nível dos oceanos e da magnitude das marés. Ela explica que essas alterações estão “causando erosões e destruição de habitats, afetando as populações da região”.
O Observatório será um espaço acadêmico e institucional que, com o apoio da CAPES, formará um grupo de pesquisa socioambiental, focado na atual política de gerenciamento costeiro do Pará. Conforme explicou Marcia Aparecida Pimentel, coordenadora do projeto e docente do PPGEO, o trabalho criará uma base de dados socioeconômicos, ambientais e legais. Além disso, irá diagnosticar impactos socioambientais e conflitos territoriais e acompanhará projetos, ações e políticas públicas.
A zona costeira do Pará abrange 47 municípios e, segundo a coordenadora, as produções técnicas e científicas vão embasar os gestores locais na tomada de decisão sobre planejamento ambiental e uso dos recursos naturais. Ela acredita que essa aproximação da academia com a gestão pública ambiental vai possibilitar a absorção dos profissionais em formação pelo PPGEO.
Desenvolvimento Sustentável
Um outro projeto da proposta, ‘Diversidades Socioprodutivas, Socioculturais e outras (sócio)Economias: uma agenda para a redução de desigualdades regionais amazônicas’, será executado pelo PPG em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido. O trabalho mostra que as múltiplas faces da diversidade oferecem a possibilidade de criar ambientes economicamente interessantes.
Conforme Marcela Gonçalves, coordenadora do projeto, o trabalho construirá uma agenda de pesquisa para colaborar e fortalecer a defesa de economias sociais amazônicas. Do seu ponto de vista, o apoio da CAPES será fundamental para a estruturação e desenvolvimento dessa agenda. “Contribuindo para a diminuição das desigualdades sociais estruturantes do Norte do País”.
Mais informações sobre o projeto podem ser acessadas no vídeo do Youtube.
Texto: Site da Capes